Livro "Os Pioneiros no Estudo de Quadrinhos no Brasil" será lançado em 20 de agosto de 2013, durante as 2as Jornadas Internacionais de Histórias em Quadrinhos
Depois de passar por uma fase
de intensa rejeição em meados do século passado, a 9a Arte teve seu prestígio e respeito
recuperados pela ação de sábios, que com pesquisas e ações diversas levaram os
quadrinhos aos debates acadêmicos, conquistando o respeito público.
Nos anos 1940, no período
imediatamente após a Grande Guerra, apareceram nos EUA os primeiros sinais de
rejeição aos comics, eleitos como
“culpados”, primeiro pela elevação dos percentuais alarmantes de criminalidade
juvenil, depois, como material alienante, capaz de tornar seus leitores
indolentes, preguiçosos e afastados da “boa leitura”.
Essa visão equivocada e
preconceituosa ganhou contornos histéricos nos anos seguintes, chegando ao auge
com a edição do livro Seduction Of The
Innocent, pelo psiquiatra Fredric Wertham, em 1954, ao mesmo tempo em que o
Congresso americano fazia uma investigação rigorosa nas editoras de quadrinhos,
semelhante à perseguição aos supostos agentes antiamericanos promovida pelo
senador Joseph McCarthy, histórica e tristemente conhecida como “caça às
bruxas”.
No Brasil, os quadrinhos
acabaram execrados nas escolas e nos meios de comunicação pelos mesmos
preconceitos; tomou-se uma atitude hostil que visava, assim como em outras
partes do mundo, não apenas proibir os quadrinhos mas erradicá-los. Felizmente,
a atitude de estudiosos mais iluminados foi aos poucos quebrando os
preconceitos, corrigindo as deturpações até consagrar os quadrinhos como uma
das grandes artes.
Por ocasião das (Primeiras) Jornadas Internacionais de Histórias em Quadrinhos, realizadas em
agosto de 2011, foi possível reunir a maioria desses abnegados estudiosos,
defensores pioneiros dos quadrinhos — Álvaro de Moya, Antonio Luiz Cagnin, Moacy
Cirne, Sonia Bibe Luyten e Waldomiro Vergueiro — para a abertura dos trabalhos
do evento que superou as mais otimistas expectativas.
Este volume vem reunir os
testemunhos de Moya, Cagnin, Cirne, Luyten e Vergueiro, mais o do professor
José Marques de Melo, coordenador da primeira pesquisa científica sobre HQs, em
1967, acerca de suas experiências com os quadrinhos, suas ações, além das
agruras que tiveram de enfrentar nos meios acadêmicos e em outros, por causa de
sua opção pela defesa da arte. A edição vem coincidir com a realização de novas
Jornadas Internacionais de Histórias em
Quadrinhos, que tudo têm para igualar a até superar o sucesso das
primeiras, concluídas há dois anos.
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OS PIONEIROS NO ESTUDO DE QUADRINHOS NO BRASIL
Edição: Jornadas Internacionais de Histórias em Quadrinhos
Autores:
Álvaro de Moya, Antonio Luiz Cagnin, José Marques de Melo, Moacy Cirne, Sonia
Bibe Luyten, Waldomiro Vergueiro
Organizadores: Waldomiro Vergueiro, Paulo Ramos, Nobu Chinen
ISBN 978-85-8258-034-9
Formato: 17 x 24 cm, lombada quadrada
84 páginas
Email: editora@criativo.art.br
R$ 24,90
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