A pesquisa foi desenvolvida como Dissertação de Mestrado no Programa de Pós-Graduação em Crítica Cultural do Departamento de Educação - DEDC II da Universidade do Estado da Bahia (UNEB), por Elízia de Souza Alcântara, sob orientação do Prof. Dr. Roberto Henrique Seidel.
A pesquisa partiu da premissa de que, na contemporaneidade, novas formações
discursivas se instalam no campo estético-cultural e engendram novos
significados à textualidade. Nesse sentido, a linguagem dos quadrinhos se
apresenta como uma “máquina narrativa” em que o jogo combinatório entre palavra
e imagem dramatiza múltiplas histórias, configurando-se dessa forma, como um
local de representação e resistência.
Assim, a autora buscou analisar em que medida
o discurso dos quadrinhos problematiza as relações entre a linguagem, a cultura
e o signo do capital na sociedade contemporânea. Diante disso, levantou os seguintes questionamentos: Quais os sentidos fixos atribuídos aos
quadrinhos? Como o livro didático reconhece os quadrinhos? De que forma o
leitor contemporâneo recepciona as narrativas imagéticas? É possível criar
alternativas para potencializar um novo leitor de imagens nas escolas
brasileiras?
Para tanto, o percurso metodológico teve como referência a pesquisa
qualitativa, articulada com a análise documental das tiras em quadrinhos
editadas nas revistas da Turma do Xaxado produzidas pelo quadrinista baiano
Antonio Cedraz entre os anos de 1999 a 2006 e na coleção de livros didáticos Lendo e Interferindo, elaborada pelas autoras Anna Frascolla, Aracy S. Fér e
Naura S. Paes no ano de 1999, destinada aos estudantes do Ensino Fundamental II.
A pesquisa buscou também ampliar o debate em torno da potência narrativa dos quadrinhos
no cenário contemporâneo, trazendo a produção de imagens para o campo da
“leitura desviante”.
Maiores informações podem ser obtidas diretamente com a autora, no endereço eletrônico alcantara.elizia@ig.com.br.
Prof. Dr. Waldomiro Vergueiro
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