Cyberpunk é tudo igual? A resposta para essa pergunto, pelo menos por parte daqueles que, como eu, podem ser considerados como "leigos" nessa temática, provavelmente seria positiva. No entanto, não é o que acha João Marciano Neto, mestrando do Programa de Pós-Graduação em Comunicação Midiática da Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação da Universidade Estadual Paulista (UNESP).
Em seu artigo, "Foucault e Freud no ethos cyberpunk de Kanshikan Tsunemori Akane", recém-publicado no dossiê especial das 7as Jornadas Internacionais de Histórias em Quadrinhos, da revista 9a Arte, Marciano Neto, partindo dos conceitos de hibridação e transculturação debatidos por Iwabuchi, Tatsumi e Ianni, realiza uma análise discursiva do mangá Inspector Akane Tsunemori e investiga a hipótese de um ethos próprio do cyberpunk japonês.
Para realização dessa pesquisa, o autor recorre ao conceito de biopoder de Michel Foucault para compreender as diferenças de abordagem da cibernética de Wiener presentes no cyberpunk e, por fim, as teorias psicanalíticas de Freud, auxiliadas com as de Kawai, para entender a mudança do perfil do protagonista cyberpunk e a alegoria presente no mangá.
O artigo está disponível para leitura e download no endereço Foucault e Freud no ethos cyberpunk de Kanshikan Tsunemori Akane | 9ª Arte (São Paulo) (usp.br).
Prof. Dr. Waldomiro Vergueiro
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